domingo, 29 de agosto de 2010

Longe de arrependimentos

Ouvia Beatles, e seus pensamentos estavam muito longe dali. Quando lhe surgiu uma lágrima no canto dos seus olhos, e aos poucos ela começou a recordar daquele dia. Estavam os dois sentados na beira do mar. Ela encostada em seu ombro, enquanto ele a acariciava os cabelos. Risadas espontâneas, e assuntos que pareciam não ter fim. Talvez não tenha sido bom relembrar tudo aquilo. Mas pelo contrário ela estava feliz. Feliz por ter tido a oportunidade de conhecer uma pessoa maravilhosa, da qual hoje ela sente saudades.
Créditos á Daniele Paiva

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Admiravelmente; ela começará a se encontrar

Pingos gélidos caiam sobre sua pele branca, molhavam boa parte de seus cabelos confortavelmente presos por um elástico qualquer. Ela sorria; um sorriso totalmente fascinante. Como se aqueles pingos lhe traduzissem algo; algo que ninguém nunca havia dito a ela. Os coadjuvantes que ali estavam não a entendiam; não compreendiam o motivo daquele lindo sorriso que ofuscava qualquer um que a visse. Mais na verdade, não havia respostas para aquelas inúmeras perguntas. Depois de tanto tempo, ela se sentia bem consigo mesma, e isso bastava.

domingo, 22 de agosto de 2010

Meia noite e meia

A insônia é minha companheira, e o frio meu único refúgio. As horas passam e parece que eu não sai do lugar, é estranho. Mas meus pensamentos se encontram em um lugar só, e lá eles compartilham momentos em que eu ainda não vivi, mas que eu espero a muito tempo. A música então começa a ter uma presença indispensável em minhas noites. Na minha meia noite e meia, tudo pode acontecer, posso estar ilusionado, ou apenas esperando uma ligação que raramente acontece. É sem nexo, eu sei.

sábado, 21 de agosto de 2010

De fato, o tempo para quando estou com você,

Ao chegar em casa, colocou as chaves sobre a mesa, e foi aleatoriamente para o seu quarto, como fazia todos os dias. Só que dessa vez era diferente, ela transparecia um ar de apaixonada, estava literalmente nas nuvens. Deitou-se sobre a cama, ligou os fones de ouvido que tocará Let There Be Love , do clássico OASIS, e lentamente fechou os olhos. Já adormecia, quando escutou um leve toque de baixo do travesseiro. Então ela euforicamente, viu que havia recebido uma nova mensagem de seu suposto admirador.
Que dizia:"O tempo para quando estou com você, acho que te amo." Depois de ter lido aquilo, viu-se cair uma lágrima, que transparecia alegria, a seguir de um sorriso, que ia de um canto da sua boca a outro. Novamente fechou os olhos e começou a recordar a tarde que passaram juntos. Cada momento, cada instante, cada beijo, cada abraço, cada toque, cada gesto, cada afeto, cada sensação de segurança, tudo. De mãos dadas, sentados em um velho banco, a seguir de uma histórica capela. Tudo completamente mítico. Em uma cidade pacata de interior. Ela podia alimentar aqueles momentos por horas e horas. De qualquer forma sua pretensão era vê-lo.

Eu sempre estive entre aspas

Tudo tem se tornado lentamente chato, fútil, banal. Uma vida recíproca. Talvez eu precise de um choque de realidade, ou não. Talvez eu precise conhecer coisas novas, pessoas novas, lugares novos, um mundo novo. Cair de cabeça em uma nova rotina. Engraçado porque, eu fico aqui falando o que eu quero, o que eu preciso, mais, falar não é fazer, querer não é agir, talvez eu não esteja totalmente pronta pra tudo isso, mudar repentinamente. Que pretensão a minha.

nathalia furtado.

sábado, 14 de agosto de 2010

Faça seu próprio sonho, vai , arrisque , tente, sem medos e receios

Se você quer salvar o Peru, vá salvar o Peru. É bem possível fazer alguma coisa, mas não dotá-lo de líderes ou parquímetros. Não espere que Jimmy Carter ou Ronald Reagan ou John Lennon ou Yoko Ono ou Bob Dylan ou Jesus Cristo venha e faça por você. Você tem de fazê-lo sozinho. É o que os grandes mestres têm dito desde que os tempos começaram. Eles podem apontar o caminho, deixar indicações e instruções em variados livros que são chamados de sagrados e venerados por suas capas, e não por aquilo que dizem, mas as instruções estão por aí para que todos as vejam. Sempre estiveram e sempre estarão. Não há nada de novo sob o sol. Todos os caminhos levam a Roma. E as pessoas não podem fazê-lo por você. Eu não posso te despertar. Você pode se despertar. Eu não posso te curar. Você pode se curar. crédito: bside c.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

os pensamentos que me vêm a cabeça, ao pensar que tudo poderia ser diferente

Confusa e desacreditada. É assim que eu me sinto agora. Engraçado como as pessoas mudam de humor tão estranhamente. Você mudou, sei que insiste em dizer que não. Mais sei que mudou. Insiste em me dizer que está tudo bem, que tudo é apenas fruto da minha imaginação. Mais eu o conheço, mais que a mim mesma. Talvez esse tenha sido o meu erro. Sinto falta das conversas que tínhamos. Quando eu perguntava como foi seu dia. Quando você sentia cíumes por coisas engraçadas, era bobo e fofo ao mesmo tempo. Nada parece igual agora. As conversas se tornaram mecânicas e frias. As palavras não vêm até mim com a mesma doçura. E o te amo, imagino que não seja o mesmo de há uns tempos atrás. Tudo passa a ser diferente agora, e é esse o meu medo, mesmo sabendo de tudo isso, eu ainda insisto em pensar em você a todo instante. Agora você se tornou um ponto de interrogação pra mim. Não sei se devo substituí-lo pelo ponto final e seguir em frente, ou se a vírgula o faria voltar a ser aquilo que eu acreditei que fosse.

sábado, 7 de agosto de 2010

Só lembro que tocava Paul McCartney, que fazia frio, e que eu dizia coisas que eu nunca imaginava que fosse capaz de dizer. Coisas que sempre bradei para as paredes, mas que agora encontraram destinatário. Esse sentimento não cabe em mim. E agora? E se tudo isso que você finge não ver é só a ponta do iceberg? Eu acho que muita gente deve estar tendo os mesmos pensamentos que eu, nesse momento. É como se eu fosse um texto em que você só leu o primeiro parágrafo, ou apenas o título, ou até mesmo simplesmente ignorou por não gostar da ortografia do escritor. E eu não falo de dor. Eu falo da angústia que é não sentir nada. (Beeshop)