domingo, 27 de junho de 2010

E eu estava só

“Muito melhor assim. Agora podia ouvir o farfalhar fraco das folhas embaixo de minhas unhas, o sussurro das asas de uma coruja no alto, o mar – longe, bem longe, a oeste – gemendo na praia. Ouvir isso e nada mais. Nada sentir a não ser a velocidade, nada a não ser o impulso dos músculos, nervos e ossos, trabalhando em harmonia à medida que os quilômetros desapareciam atrás de mim. Se o silêncio em minha mente durasse, eu nunca mais voltaria. Não seria o primeiro a escolher essa forma em detrimento da outra. Talvez, se eu corresse para bem longe, nunca mais teria de ouvir ...”

Trecho tirado do livro Eclipse - Epílogo: Escolha pag.446

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