segunda-feira, 31 de maio de 2010

Pegadas na areia;

E agora ela estava andando a procura de algo.Algo que nem ela sabia o que era. Apenas procurava em uma constante esperança. Seus pés tocavam na areia mais macia que ela já havia pisado, formavam pegadas. Sentia o vento tocar seus cabelos de cor dourada, e de fundo, ecoava o som do mar. Então repentinamente ela parou, e se virou lentamente para trás. Daí ela começou a perceber o que aquelas pegadas significavam em seu ponto de vista. O passado representavam as pegadas feitas, por onde ela passava havia deixado marcas. Ela estava ali paralisada.Começou a passar um filme em sua cabeça, daqueles que parecem episódios, os momentos mais marcantes, como se fossem um DVD, ainda com memória estendida. Lembranças que foram registradas especialmente em seu coração. Sentiu que por mais que tenha falhado, por mais que tenha tropeçado em seu próprio ego, tudo aquilo servia de aprendizado para tornar lá o que ela era hoje. A partir daí ela começou a perceber que nada foi em vão , e que a metade do caminho ela já havia trilhado. Começou a martelar em sua cabeça uma pergunta, que à fez sussurrar num timbre bem baixo, que nem ela havia escutado direito."E a outra metade?". Então ela se sentou naquela areia macia e mais branca que a neve, e jurou a si que não sairia dali até responder a pergunta que havia feito pra si mesma. Ficou por horas ali, pensando e pensando. Antes que o sol se pusesse. Repentinamente ela levantou-se eufórica e em uma felicidade instantânea sussurrou "Cabe a mim decidir continuar". Quando o passado era presente eu não me preocupava com o futuro. Apenas sentia. Sentia o momento, aproveitava ao máximo. E que agora tudo se tornará lembranças , apenas lembranças. Sinto-me em um meio termo. Entre Passado e Futuro. Devo chamar esse "meio termo" de Presente ? Se encaixaria melhor . Talvez a palavra-chave na qual procuro seja Presente. Então a garota perdida conseguiu achar a resposta para sua dúvida . Por mais que ela tentasse descobrir aonde levaria o seu futuro, ela não poderia. As escolhas sim, caberiam a ela decidir.Porque todos nós opinamos pelas nossas escolhas. Devemos seguir em frente, no desejo de se encontrar aquilo que se procura. Mais tendo consciência de que o futuro é incerto. Depois de sua dúvida avassaladora ter sido esclarecida, ela continuou seu trajeto, formando pegadas na areia, e apenas sentindo a brisa, ao tocar seu rosto sensível e delicado. É, ela apenas sentiu !

nathalia furtado.

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